O Efeito Bullying

Google Imagens

Na última década, o Bullying é um fenômeno que preocupa as autoridades, sobretudo as escolares. Bullying cujo termo em inglês é para descrever atos de violência física ou psicológica, repetidos, intencionais, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos. Se fizermos uma breve reflexão, observaremos que o Bullying sempre esteve presente em nossas vidas, seja como um ato de nossa autoria ou em um momento onde fomos vítimas. A verdade é que a prevenção do Bullying deve começar em casa, junto com a educação que recebemos de nossos pais e familiares. Uma ‘brincadeira’ sem graça, onde apenas uma das partes se diverte, não deve ser vista como brincadeira, como se tratasse apenas de diversão. As enormes conseqüências dessa atitude podem acompanhar um sujeito por toda a sua vida, sobretudo se ele não tiver capacidade de lidar com a situação, superar os obstáculos, resistir à pressão. O interessante é que o Bullying sempre é mais uma ‘brincadeira’ para quem o pratica, mas nunca para quem o recebe. Uma forma de violência que deve ser controlada, fazendo um trabalho de conscientização nas escolas, de modo que os agressores não sejam condenados ao isolamento.  Para que a resposta as atitudes de Bullying também não sejam atos de Bullying, a escola deve cuidar também dos agressores de modo a tentar compreender o motivo de tal comportamento e elaborar um projeto que facilite a convivência entre todos e o respeito às diferenças. Afinal, o Bullying é o resultado da intolerância as diferenças.

1 comentário

Arquivado em Meus Posts

A dissecção da personalidade psíquica

Os sintomas são derivados do reprimido, são, por assim dizer, seus representantes perante o ego; mas o reprimido é território estrangeiro para o ego. A trajetória conduziu dos sintomas do inconsciente à vida dos instintos, à sexualidade. E assim a psicanálise descobriu que os seres humanos não são simplesmente criaturas sexuais, mas têm também impulsos mais nobres e mais elevados.

Os seres humanos adoecem de um conflito entre as exigências da vida instintual e a resistência que se ergue dentro deles contra a vida instintual.

O nosso próprio ego pode ser transformado em objeto, pode tratar-se como trata outros objetos, pode observar-se, educar-se, criticar-se, sabe-se lá o que pode fazer consigo mesmo. Assim o ego pode ser dividido, durante numerosas funções, pelo menos temporariamente. Depois suas partes podem juntar-se novamente.

O conteúdo dos delírios de ser observado já sugere que o observar é apenas uma preparação do julgar e do punir, e por conseguinte, deduzimos que uma outra função desta instância deve ser o que chamamos nossa consciência. Dificilmente existe em nós alguma outra coisa que tão regularmente separamos de nosso ego e a que facilmente nos opomos como nossa consciência. Sinto-me inclinado a fazer algo que me dá prazer, mas abandono pelo motivo de minha consciência não admitir. Ou me deixo persuadir por uma expectativa muito grande que a voz da minha consciência fez objeções e, após o ato, minha consciência me pune com censuras dolorosas e me faz sentir remorso pelo ato. Essa instância existente no ego, chama-se superego.

O melancólico, assim como outras pessoas, pode mostrar um grau de severidade maior ou menor consigo mesmo nos seus períodos sadios, durante um surto melancólico seu superego se torna super perverso, insulta, humilha e maltrata o pobre ego, ameaça com os mais duros castigos, recrimina-o por atos do passado mais remoto, que havia sido considerado à época, insignificantes. O superego aplica o mais rígido moral ao ego indefeso que lhe fica a mercê; representa em geral, as exigências da moralidade, e compreendemos imediatamente que nosso sentimento moral de culpa é expressão da tensão entre o ego e o superego. Após alguns meses, a crítica do superego silencia, o ego é reabilitado e novamente goza de todos os direitos do homem, até o surto seguinte. Em determinados tipos de doenças, passa-se algo do tipo ao contrário nos intervalos: O ego se sobressai, celebra um triunfo, como se o superego tivesse perdido toda a sua força, ou tivesse fundido no ego, e esse ego liberado, maníaco, se satisfazendo desinibidamente de todos os seus apetites.

As crianças de tenra idade são amorais e não possuem inibições internas contra seus impulsos que buscam prazer. O papel que mais tarde é assumido pelo superego é desempenhado, no início, por um poder externo, pela autoridade dos pais. A influência dos pais governa a criança, concedendo-lhe provas de amor e ameaçando com castigos, os quais, para a criança, são sinais de perda do amor e se farão temer por essa mesma causa. Quando a coerção externa é internalizada, e o superego assume o lugar da instância parental e observa, dirige e ameaça o ego, da mesma forma que os pais faziam com as crianças. O superego assume o poder, a função e até mesmo os métodos da instância parental, não é simplesmente seu sucessor, mas seu legítimo herdeiro. O superego parece ter sido unilateral e ficado apenas com a rigidez e severidade dos pais, com sua função proibidora e punitiva ao passo que o cuidado carinhoso deles parece não ter sido assimilado e mantido. Contrariando nossas expectativas, a experiência mostra que o superego pode adquirir essas mesmas características de severidade inflexível, mesmo tendo a criança sido educada de forma branda e afetuosa e se tenha evitado, na medida do possível, ameaças e punições.

Ao superego atribuímos-lhe as funções de auto-observação, de consciência e de manter o ideal. Daquilo que dissemos sobre sua origem, segue-se que ele pressupõe um fato biológico extremamente importante e um fato psicológico decisivo, ou seja, a prolongada dependência da criança em relação aos pais e o complexo de Édipo, ambos intimamente inter-relacionados. O superego é para nós o representante de todas as restrições morais, o advogado de um esforço tendente à perfeição, e em resumo, tudo o que podemos captar psicologicamente daquilo que é catalogado como o aspecto mais elevado da vida do homem.

Em relação ao id ele está repleto de energias instintuais, porém não possui organização, não expressa uma vontade coletiva, mas somente uma luta pela consecução da satisfação das necessidades instintuais que nele encontram expressão psíquica. As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao id, e isto é verdadeiro, acima de tudo, quanto à lei da contradição. O id não conhece nenhum julgamento de valores: não conhece o bem, nem o mal, nem moralidade. Domina todos os seus processos o fator econômico ou, o fator quantitativo, que está intimamente vinculado ao princípio do prazer.

Deixe um comentário

Arquivado em Disciplinas, Psicanálise, Textos

Dia do psicólogo

Olá queridos estudantes de psicologia e demais pessoas especiais que passam aqui pelo blog. Ontem tentei postar, sem sucesso, algo sobre o dia do psicólogo, infelizmente o wordpress estava congestionado, logo, não foi possível.

No entanto, mesmo com um dia de atraso, gostaria de parabenizar a todos os profissionais de psicologia pelo seu dia, e não só pela data, mas por seu trabalho que é desenvolvido com tanto afinco e que dia após dia ganha mais forças por colaborar de forma significativa com a qualidade de vida das pessoas. Seja com Rogers, Freud, Skinner ou outros tantos, a psicologia tem as ferramentas certas para atingir os seus principais objetivos, descrever, explicar, prever e quem sabe, modificar o comportamento humano, sempre considerando os aspectos biológicos, afetivos, cognitivos e sociais.

A você, que é estudante assim como eu, fica a dica do comprometimento que devemos ter com a nossa profissão, afinal, vamos lidar com o que existe de mais íntimo nas pessoas, sua subjetividade.

\o/ Parabéns pelo nosso dia, psicólogos em formação, também podem comemorar!

Vládia Almeida

1 comentário

Arquivado em Meus Posts, Textos

Uma hipótese ampla das relações humanas

Se eu posso criar uma relação caracterizada da minha parte:

por uma autenticidade e transparência, em que eu sou meus sentimentos reais;

por uma aceitação afetuosa e apreço pela outra pessoa como um indivíduo separado;

por uma capacidade sensível de ver seu mundo e a ele como ele os vê;

Então o outro indivíduo na relação:

experienciará e compreenderá aspectos de si mesmo que havia anteriormente reprimido;

dar-se-á conta de que está se tornando mais integrado, mais apto a funcionar efetivamente;

tornar-se-á mais semelhante à pessoa que gostaria de ser; será mais autodiretivo e autoconfiante;

realizar-se-á mais enquanto pessoa, sendo mais único e auto-expressivo;

será mais compreensível, mais aceitador com relação aos outros;

estará mais apto a enfrentar os problemas da vida adequadamente e de forma mais tranquila.

Carl R. Rogers

(Trecho do livro: Tornar-se Pessoa, pág: 43 – 6 edição, 2009)

Deixe um comentário

Arquivado em Humanismo, Textos

Traumas…

Google Imagens

2 Comentários

Arquivado em humor